segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EJA - Educação Transformadora

EJA possui um contexto histórico que vem na mesma medida que o desenvolvimento do país. Este buscando suprir a necessidade de mão de obra qualificada aposta na alfabetização dos seus trabalhadores com a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, que ao mesmo tempo em que alfabetizava também lidava com as questões sociais e de direito dos trabalhadores, seu grande pensador e batalhador pelas causas sociais Paulo Freire com ele deu-se o inicio do marco para a formação das pessoas cidadãs.
Enquanto o governo queria o ensino de decodificação silábica que em nada acrescentava na visão crítica da população, sem senso crítico, sem questionamentos...
Infelizmente era este o objetivo dos governantes determiar, portanto um trabalhador que se submete-se a dominação. A alfabetização deveria servir apenas para encher as cabeças dos alfabetizandos com letras e palavras do tipo ba-be-bi-bo-bu, os chamados analfabetos culturais, preencher seus nomes nas cédulas de votos e garantir desta forma o poder aos repressores. O letramento não fazia parte da educação destes sujeitos, pois descobrir a função social da leitura como meio de modificar e melhorar seu contexto social não era a melhor opção a eles na visão dos governantes da época.

A conscientização está evidentemente ligada à utopia, implica em utopia. Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos. Mas esta posição deve ser permanente: a partir do momento em que denunciamos uma estrutura desumanizante sem nos comprometermos com a realidade, a partir do momento em que chegamos à conscientização do projeto, se deixarmos de ser utópicos nos burocratizamos; é o perigo das revoluções quando deixam de ser permanentes. Uma das respostas geniais é a da renovação cultural, esta dialetização que, propriamente falando, não é de ontem, nem de hoje, nem de amanhã, mas uma tarefa permanente de transformação.A conscientização é isto tomar posse da realidade; (FREIRE,1970)

A EJA é um projeto de educação voltado para valores humanos, destinado à construção da cidadania e desenvolvido com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da discussão e da participação de todos, na busca de soluções dos problemas sociais, em sua comunidade. (Webfólio disciplina EJA)

Sendo assim EJA vem reparar um direito que a tempos fora negado ou seja a possibilidade de acesso a escola com uma educação de qualidade e permanente , onde todos possam ocupar os mesmos espaços e vivenciar o resgate cultural e social tendo possibilidade de adentrar no mundo letrado com conscientização de posso de uma formação digna capaz de lhe garantir um trabalho justo e honesto, pois seu pensamento e endentimento crítico do mundo fará com que seja capaz de ações de modificação da sua realidade.

Durante esta primeira atividade sobre o EJA e nas discussões com as colegas no fórum pude perceber que sem sombra de dúvida a educação de Jovens e Adultos deve seguir o princípio dos ensinamentos de Freire, ou seja uma educação transformadora e não opressora, que possibilitem aos sujeitos questionar e refletir sobre as situações apresentadas de forma coerente e reflexiva com postura autônoma.

Referência:
Freire, Paulo: Conscientização – Teoria e Prática da Libertação uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. – São Paulo. Cortez e Moraes, 1970,

Parecer CEB no 11/200 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS -Lei Federal - Língua de Sinais - LEI Nº. 10.436 Regulamentação da - maio/ 2005

Assim como para nós ouvintes é difícil à compreensão da linguagem utilizada pelos surdos, também para eles tentar compreender o que falamos sem ajuda de um interprete é algo extremamente difícil, nossos olhares para sua linguagem gestual talvez não passe de mímica também nossas falas de blá-blá-blá para eles.
Mas felizmente podemos desmistificar tais preconceitos como tantos outros que circundam pela nossa sociedade, é preciso descobrir, conhecer e interagir com diferentes culturas e a linguagem de Libras também possui uma própria. A necessidade de comunicação entre os homens é o mesmo que uma das nossas necessidades básicas, por exemplo, o ato de respirar, desta forma o ser humano foi pensando significando informações e estas adentrando no contexto e nas diversas culturas populares descobriu e inventou meios de se fazer comunicável. O homem é um ser que não consegue viver isolado sem comunicação.
Acredito que como tantas outras modificações existentes nos Parâmetros Curriculares o critério estabelecido da utilização da LIBRAS, nos cursos de Magistério, Normal e Pedagogia vem agregar novo enfoque de inclusão as escolas regulares a fim de estabelecer meios para que o educando possa se sentir parte integrante da sociedade e incluso tanto na comunidade escolar quanto local, pois terá um profissional mais qualificado conhecedor de seu contexto e de suas necessidades.

Com a Lei federal 10.436 que dispõe sobre o artigo 84 e inciso IV da CF88
CAPÍTULO IDA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO COMPONENTE CURRICULARArt. 1º A Língua Brasileira de Sinais -
LIBRAS será um componente curricular obrigatório nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal de ensino.


Fonte: http://www.dicionariolibras.com.br/website/artigo.asp?cod=124&idi=1&moe=6&id=784

Além do mais, é no espaço escolar que se dará a inclusão, pois a linguagem é um bem social que faz parte das vivências de cada um, na aprendizagem natural da linguagem todos possuem limitações neste caso a necessidade de compreensão irá estabelecer vínculos de afetividade para vencer as necessidades básicas da compreensão tanto da leitura quanto da escrita.
Segundo Skliar (1999:142); “A língua de Sinais anula a deficiência e permite que os surdos constituam, então, uma comunidade lingüística minoritária diferente e não um desvio da normalidade” Logo Libras é uma língua mediadora capaz de promover a inclusão.
Referência: Skiliar,C.(Org.) Atualidade da Educação bilíngüe para surdos. Porto Alegre. Mediação.1999


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

EJA Educação de Jovnes e Adultos

Educação de Jovens e Adultos - EJA

A partir das leituras e pesquisas sobre a EJA foi possível verificar que a mesma possui uma marco diferenciador. Podemos dizer que com Freire a educação alcançou para os que não puderam ou forma excluídos de uma educação igualitária para todos. Desta forma surge com Freire a educação popular onde além da preocupação com alfabetização existe de certa forma a preocupação com o sujeito cidadão um sujeito possuidor de pensamento crítico e preocupado com o social. Ou seja, toda educação deveria ter uma função social “possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social” (Paulo Freire, Educação na cidade, 1991, p. 68)..

Mas com o Regime Militar esta educação foi posta de lado e Freire exilado, passou-se então apenas a decodificar a escrita e não mais pensar como sujeitos críticos e de opinião, a educação era voltada para a repressão e para o autoritarismo.

O PARECER CEB 11/2000 é uma importante conquista que tenta garantir a educação de qualidade para as pessoas que não tiveram oportunidade ou que foram impedidas por outras dificuldades de estudar no ensino regular, sendo assim permite que os sujeito possam retornar ao seu lugar de direito e de fato, para as produções e apropriações de leitura e escrita do mundo letrado a partir da ampliação do conhecimento e de sua prática dentro de um contexto social. Conforme Doll ( apud Comênico) “a importância da educação para o ser humano exige uma educação para homens e mulheres e para todos os grupos sócias” para Comênico a Educação em todos os sentidos é capaz de modificar o homem e a sociedade na qual ele está inserido.

A reflexão nos remete ao questionamento sobre enquanto professores formadores de sujeitos aprendentes que sujeito é este que passará por mim? Questiono então, conhecemos quem é o aluno do EJA? Quais são seus objetivos? Seus sonhos? Suas Utopias? Qual é o seu pertencimento enquanto cidadão?

Acredito que as mudanças devem começar por aí conhecer o EJA e alicerçar um trabalho baseado nas obras de pedagogos como Paulo Freire e Comênico que buscavam ensinar com metodologia que levassem o aluno a sentir prazer pelo aprender, descobrindo o mundo através da experiência e da troca onde possuem também o seu conhecimento de mundo.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler, em três artigos que se completam. 14ª. ed. São Paulo: Cortez. 1994.
_______. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1997.
DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In:
_______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre:
UFRGS, 2004, p.26-29

Eixo Sete Novas Expectativas

Eixo sete novas expectativas

A cada novo semestre as expectativas surgem em proporções grandes e talvez infindáveis, pelo simples fato de que estamos ansiosos de como, quando e de que forma se dará os conhecimentos e trocas de experiências necessárias a nossa formação acadêmica.
Mas é bem sabido que todos os encontros, trocas e partilhamento nos levam a um mesmo caminho que deverá ser transposto à medida que surgem os obstáculos.
Este semestre ao que percebo é mais teórico, mas não menos significante, pois, existe algo em comum aos semestres anteriores a função da interdisciplinaridade entre as disciplinas deste modo é possível verificar e efetivar as aprendizagens sobre os assuntos que são pertinentes se complementam uns aos outros.
Sendo assim, esta apropriação do conhecimento não somente serve para nos qualificar, mas também para que possamos exercer nossa função profissional com maior competência e comprometimento perante a Educação e para com nosso aluno.