EJA possui um contexto histórico que vem na mesma medida que o desenvolvimento do país. Este buscando suprir a necessidade de mão de obra qualificada aposta na alfabetização dos seus trabalhadores com a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, que ao mesmo tempo em que alfabetizava também lidava com as questões sociais e de direito dos trabalhadores, seu grande pensador e batalhador pelas causas sociais Paulo Freire com ele deu-se o inicio do marco para a formação das pessoas cidadãs.
Enquanto o governo queria o ensino de decodificação silábica que em nada acrescentava na visão crítica da população, sem senso crítico, sem questionamentos...
Infelizmente era este o objetivo dos governantes determiar, portanto um trabalhador que se submete-se a dominação. A alfabetização deveria servir apenas para encher as cabeças dos alfabetizandos com letras e palavras do tipo ba-be-bi-bo-bu, os chamados analfabetos culturais, preencher seus nomes nas cédulas de votos e garantir desta forma o poder aos repressores. O letramento não fazia parte da educação destes sujeitos, pois descobrir a função social da leitura como meio de modificar e melhorar seu contexto social não era a melhor opção a eles na visão dos governantes da época.
“A conscientização está evidentemente ligada à utopia, implica em utopia. Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos. Mas esta posição deve ser permanente: a partir do momento em que denunciamos uma estrutura desumanizante sem nos comprometermos com a realidade, a partir do momento em que chegamos à conscientização do projeto, se deixarmos de ser utópicos nos burocratizamos; é o perigo das revoluções quando deixam de ser permanentes. Uma das respostas geniais é a da renovação cultural, esta dialetização que, propriamente falando, não é de ontem, nem de hoje, nem de amanhã, mas uma tarefa permanente de transformação.A conscientização é isto tomar posse da realidade; (FREIRE,1970)
“A conscientização está evidentemente ligada à utopia, implica em utopia. Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos. Mas esta posição deve ser permanente: a partir do momento em que denunciamos uma estrutura desumanizante sem nos comprometermos com a realidade, a partir do momento em que chegamos à conscientização do projeto, se deixarmos de ser utópicos nos burocratizamos; é o perigo das revoluções quando deixam de ser permanentes. Uma das respostas geniais é a da renovação cultural, esta dialetização que, propriamente falando, não é de ontem, nem de hoje, nem de amanhã, mas uma tarefa permanente de transformação.A conscientização é isto tomar posse da realidade; (FREIRE,1970)
A EJA é um projeto de educação voltado para valores humanos, destinado à construção da cidadania e desenvolvido com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da discussão e da participação de todos, na busca de soluções dos problemas sociais, em sua comunidade. (Webfólio disciplina EJA)
Sendo assim EJA vem reparar um direito que a tempos fora negado ou seja a possibilidade de acesso a escola com uma educação de qualidade e permanente , onde todos possam ocupar os mesmos espaços e vivenciar o resgate cultural e social tendo possibilidade de adentrar no mundo letrado com conscientização de posso de uma formação digna capaz de lhe garantir um trabalho justo e honesto, pois seu pensamento e endentimento crítico do mundo fará com que seja capaz de ações de modificação da sua realidade.
Durante esta primeira atividade sobre o EJA e nas discussões com as colegas no fórum pude perceber que sem sombra de dúvida a educação de Jovens e Adultos deve seguir o princípio dos ensinamentos de Freire, ou seja uma educação transformadora e não opressora, que possibilitem aos sujeitos questionar e refletir sobre as situações apresentadas de forma coerente e reflexiva com postura autônoma.
Referência:
Freire, Paulo: Conscientização – Teoria e Prática da Libertação uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. – São Paulo. Cortez e Moraes, 1970,
Parecer CEB no 11/200 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury