terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eixo VII /2009







EIXO VII/2009


Nesse eixo tivemos a oportunidade de verificar novas disciplinas que acrescentaram ao nosso currículo novo conhecimento ou talvez conhecimentos que puderam ser revistos sob um novo olhar reflexivo, levando-nos a repensar e a pensar sobre a nossa prática diária.

As disciplinas desenvolvidas durante o semestre abordaram aspectos voltados à alfabetização e ao letramento visto em Linguagem e Educação. Também, em outro momento, foi oportunizado verificar os objetivos e metodologia mais coerentes e que possibilitam o ensino-aprendizagem de maneira mais dinâmica em relação aos nossos alunos, que tipo de avaliação poderá avaliar o aluno como um todo, de maneira qualitativa e não meramente quantitativa, onde foi oportunizado no estudo da disciplina de Didática e Planejamento, um novo conceito a respeito de avaliação como uma aliada no processo de ensino.

Essas duas disciplinas foram relevantes quando pude compreender melhor que a alfabetização deve andar junta com o letramento, ou melhor, alfabetizar letrando. Quando fizemos um trabalho em sala de aula pensando nesse sentido determinamos uma prática voltada para a formação do senso crítico e reflexivo, além das práticas de leitura e escrita estarem voltadas para o exercício de uma função social, onde o aluno será capaz de compreender o mundo que o rodeia, e transformar o contexto onde está inserido. Porque é através da leitura de mundo que antecede as práticas de sala de aula, que o aluno poderá mostrar sua bagagem seu conhecimento, e assim a metodologia lançada pelo educador deve ir ao encontro do educando para produção de sentido, e logicamente promover a mediação entre os saberes produzidos dentro e fora da escola, pois todos os espaços freqüentados pelo aluno são formadores de conhecimento e servem para a produção e construção de saberes novos.
Na disciplina da EJA foi oportunizado o estudo mais aprofundado das Leis que normatizam esta modalidade de ensino, e que como tal deve garantir uma educação de qualidade para os educandos que frequentam-na, aqui também cabe destacar que se trabalhar com projetos é essencial para determinar o interesse do aluno da EJA, pois lhe é permitido discutir e apreciar uma educação problematizadora em torno dos seus conceitos e valores que fazem parte dos problemas de classe ainda hoje existentes, preconceito, desemprego, drogas, auto-estima entre outras. Pensar uma educação que possa torná-los pessoas mais autônomas e críticas.
Em libras descobrimos que a mesma é uma Língua que deve ser estudada e respeitada como é a nossa língua materna, e a educação de uma criança ou jovem deve ser realizada dentro do espaço onde o educando necessite para desenvolver suas habilidades, sendo reconhecidos como pessoas de NE ( necessidades especiais) então os profissionais da educação devem ser pessoas esclarecida e que dominem tais práticas de ensino-aprendizagem para assegurar realmente uma educação de qualidade para o portador de NE.

No seminário integrador retomamos os PAS e refletimos como foi construído o que era relevante e de que forma realmente se dá o processo de construção de um PA, nas buscas de certezas para sanar as dúvidas. E em seguida sistematizá-las através dos mapas conceituais.

Sem sombra de dúvida a caminhada no EAD curso de Pedagogia foi algo que cogitou muita pesquisa e estudo e acima de tudo responsabilidade e compromisso, gerenciamento de tempo para poder desenvolver todos os trabalhos e atividades que foram construídos ao longo dos semestres na busca de uma formação de qualidade, onde a mesma pudesse somar num todo e garantir uma aprendizagem significativa tanto para mim quanto para os meus alunos.




domingo, 31 de outubro de 2010

Postagens dos EIXOS - IV, V, VI

REFLEXÕES SOBRE O QUARTO SEMESTRE

EIXO IV – 2008/01

Os estudos realizados nesse eixo deram-me a oportunidade de retomar meus estudos com mais objetivo e organização, onde montei um plano de estudo individual no qual serviu para que eu pudesse gerenciar minhas ações enquanto acadêmica e profissional da educação.

E revendo-o agora no final do curso, verifiquei que consegui cumprir a maioria das metas que nele tracei como objetivo de estudo, aprimorei meus conhecimentos e fiz da minha prática uma pedagogia desafiadora e mediadora onde ambos eu meus alunos pudéssemos aprender juntos, em ações reflexivas, sempre voltada para uma prática autônoma e crítica.
Além disto, foi primordial ter traçado um plano de estudo individual, pois nele estava previsto os registros significativos sobre a minha caminhada enquanto acadêmica do curso de Pedagogia.

Portanto, foi possível fazer um balanço e realmente perceber que somente se adquire conhecimento se tivermos vontade, dedicação e se fizermos uso de todos os recursos possíveis e disponíveis. Logo, não disperdicei nenhum momento do curso principalmente porque necessitava melhorar meu desempenho em relação a questão dos usos das tecnologias tanto como ferramenta de pesquisa para uso pessoal quanto ferramenta pedagógica para atuação em sala de aula.

Nesse Eixo destaco também o Projeto Nossa vila, Nossa casa ... a construção de nossa identidade desenvolvido como Pesquisa de campo em projeto escolar, que desenvolvi durante todo o semestre, trabalhando de maneira interdisciplinar, envolvendo as disciplinas Matemática, Ciências, Estudos Sociais, Linguagem, Arte, Música.
Trabalhar com o projeto permitiu perceber a necessidade de procurar conhecer as vivencias dos nossos alunos, seu meio, o entorno da escola, e através de situações reais de vivências tornar a aula algo mais prazeroso e significativo ao mesmo tempo. A importância desse projeto foi maior porque se tratava de uma turma de alfabetização levá-los a descobertas e mediações capazes de contemplar uma escola, que vai além dos muros. Assim destaco este trecho registrado meu blog:O projeto é um trabalho articulado em que as crianças usam de forma interativa as quatro atividades lingüísticas básicas falar, ouvir, escrever e ler-, a partir de muitos e variados gêneros textuais, nas várias áreas do conhecimento, tendo em vista uma situação didática que pode ser mais significativa para elas. (BRASIL. MEC, 2006, p.119)

“O estudo do meio é, então, um recurso pedagógico privilegiado, já que possibilita aos estudantes adquirirem, progressivamente, o olhar indagador sobre o mundo de que fazem parte” (PCN: Estudos Sociais, p. 91, 1997)

Todo o trabalho realizado ao longo do semestre foi bastante significativo pois, contribuiu para que minha prática tivesse maior qualidade junto a turma de alfabetização daquele ano

EIXO V – 2008/02

Dentre os vários estudos realizados no eixo V destaco a Aprendizagem na Vida Adulta, a aquisição de novos conhecimentos e habilidades transformadas em aprendizagem.

Essas aprendizagens podem tornar-se mais difícil devido a vários fatores externos e internos, desde o cansaço físico para quem trabalha o dia inteiro e depois enfrenta a sala de aula, até mesmo o lado psicológico e emocional desencadeado pelas obrigações e encargos decorrentes da vida adulta. Mas, também é possível que o adulto assimile maior um conteúdo do que o próprio jovem , uma vez que o adulto já vivenciou bem mais que o jovem, basta que o professor leve em consideração o próprio contexto social desse aluno, em contrapartida também é necessário adequar o vocabulário desempenhado em sala de aula, Segundo Maturana (2001,p.43) “O educador precisa se colocar no lugar do educando, tentando compreender suas dúvidas a fim de lhe dar as respostas de que está necessitando e que está preparado para ouvir.”

A disciplina de Psicologia contribuiu para que eu pudesse buscar maior compreensão acerca do desenvolvimento psicológico dos sujeitos em diferentes fases do seu desenvolvimento, estudar Erikson foi interessante pois esse nos mostra que a medida que o sijeito vai avançando nas fases de seu desenvolvimento, também sua personalidade é capaz de mudar, isso ocorre porque o homem é um ser social, logo as mudanças ocorrem por conta das suas relações sociais, que são formadas primeiro pela família, escola, amigos, com ele mesmo e sociedade e nessa caminhada a personalidade vai sendo moldada ou recebendo interferência do exterior.
Sendo assim, é possível ver diferentes personalidades dentro de uma mesma família.
Nesse semestre também posso ressaltar a importância de se saber bem mais sobre a gestão democrática na escola, o nome já diz a escola precisa ser democrática logo todos tem o direito de participar, buscar uma qualidade na educação, garantir a participação da comunidade escolar nas tomadas de decisões. Estudamos sobre o PPP, seu funcionamento, analisamos o que esta escrito no mesmo e comprovar na prática se acontecem de fato.

EIXO VI – 2009/01



No eixo VI destaco a disciplina de Questões étnicos sociais como forma de estudar a diversidade que forma a cultura e a identidades de um povo. Não tenho registrado no meu blog mas atividade referente a essa disicplina onde tínhamos que criar um mosaico de nossos alunos, oportunizou visualizar as diferentes etnias que formam um povo e descobrir as descendências de cada um, admiração e espanto em reconhecer-se afro-descendentes de minha parte pelos alunos, fez com que alguns se desvencilha-se do preconceito de não querer pertencer a etnia negra, embora o tom da sua pele seus traços demonstrassem o contrário. O trabalho desenvolvido em sala de aula também culminou com o tema da abolição da escravatura, onde muitas vezes na escola era passada em branco, trabalhei com a intertextualidade envolvendo duas histórias infantis Menina bonita do laço de fita e Pretinho, meu boneco preferido mostrando que cada qual possuem seu valor e sua beleza. Hoje os alunos que tinham a auto-estima baixa, já se aceitam como pertencentes a etnia negra, o que também eu me sinto afro-descendente. Muitas vezes é preciso bem mais que conteúdo é preciso o exemplo e a reflexão sobre nossa ideias e preconceitos, esses não fazem bem a ninguém e deixam doente a própria sociedade.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflexões Eixos I II III

Retrospectiva e reflexão do 1º semestre de Pedagogia UFRGS

Eixo I 2006/02

Revisitar meu blog http://cidabueno.blogspot.com/ e reler as postagens feitas é perceber o tanto da caminhada que foi per corrida e acredito com enorme sucesso, pois em minhas reflexões ficaram registro do grande impacto e ansiedade de ser uma acadêmica da UFRGS, isto da certo grau de status, mas, ao mesmo tempo também nos mostra a outra face do preconceito quanto ao curso ser a distancia.

Desfazer esta primeira impressão que, a maioria das pessoas possui contra cursos a distancia não foi fácil, mas a determinação o envolvimento, e a força de vontade, agregando teoria e prática vindo comprovar a seriedade e o comprometimento de todas nós do Pead e da preocupação do curso e dos professores em realmente proporcionar a qualificação da nossa atuação enquanto profissionais da educação.

Desde o primeiro momento escutamos que o nosso curso tinha um objetivo e um propósito, não de realizar leituras e responder perguntas, mas de realmente confrontar, refletir, argumentar e mostrar evidencias sobre o que estudávamos e pesquisávamos na elaboração do nosso conhecimento mais científico, saindo do senso comum do “achismo” e comprovando com embasamento teórico, o que acreditávamos ser o melhor para a educação, uma formação acadêmica baseada em Paulo Freire, Emilia Ferreira, Piaget entre outros nomes que fizeram e fazem a história da educação.

Neste semestre tivemos a oportunidade de através da interdisciplinaridade poder de imediato iniciar a “alfabetização” no uso das tecnologias na disciplina de TIC’s que nos deu um ótimo embasamento teórico e nos levou a praticar na criação do blog para o registro das nossas aprendizagens sobre as demais disciplinas do curso e do semestre, confesso que no inicio não foi fácil, e que hoje percebo o tanto que conquistei e aprendi com significado, na experimentação vivenciada em cada etapa, já domino quase tudo que pode ser utilizado como ferramenta pedagógica no auxilio da aprendizagem dos meus alunos e para meu crescimento profissional e pessoal, não me vejo mais trabalhar e estudar sem contar com o auxilio do computador e da internet como fonte de recurso e pesquisa.

Também vale lembrar que no Eixo I, tivemos outras disciplinas importantíssimas que nos mostram a história da educação e valor que cada uma das sociedades ao longo dos tempos atribuíram a ela.
Na disciplina da ESC – Escola, Cultura e Sociedade – abordagem sócia cultural e antropológica consegui ter outro entendimento principalmente após a leitura do texto O Manifesto Comunista: A história de toda sociedade passado é a história da luta de classes. As lutas de classes seriam o meio pelo qual a história progride, esta é também a nossa sociedade atual, enquanto existirem desigualdades haverá lutas de classe sociais, a sociedade precisa estar voltada para a função social principalmente para a educação como um bem cultural e repensar o imediatismo promovido pelo capitalismo.

Na disciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo aprendemos que a Escola é legitima e, portanto deve cumprir com suas regras e competências obedecer a Leis e possuir um currículo norteador no processo de aprendizagens, as leituras serviram-me na minha atuação e enquanto profissional atuante na escola ao participar das reuniões pedagógicas e poder discutir sobre as metodologias e objetivos propor melhorias a aprendizagem dos alunos, com conhecimento de causa e não mais ser ouvinte, mas ser participativa nas tomadas de decisões.

O terminar o primeiro eixo tive a certeza que o compromisso seria grande e o comprometimento também, hoje verifico que as releituras de muitos autores, discussões em grupos, seminários, acrescentaram novos saberes ou ao menos muitos dos pontos de vistas passaram pelo crivo da razão e do senso crítico.


Eixo II 2007/01

Conhecer o outro é algo importante seu contexto social, sua bagagem, suas vivencias faz com que possamos descobrir a melhorar maneira do sujeito poder ressiginificar sua trajetória sua vida. Naturalmente é desta forma que o professor deva enxergar seu aluno, como um sujeito capaz de construção e saberes diferentes daquele que a escola oferece e por isto mesmo, a escola deve ser para ele o principio do processo de alfabetização e conhecimento buscando levá-lo a aquisição de compreensão sobre o processo de leitura e escrita de mundo.
A partir de estudos deste eixo foi possível verificar que a aprendizagem sofre interferências externas e internas, o individuo pode possuir meios e recursos para progredir na sua aprendizagem, mas muitas vezes isto não acontece, porque a relação afetiva que predomina sobre a parte psicológica da criança está sob traumas que a fazem retroceder, pelo tratamento que recebe dos adultos, para Freud somente existe aprendizagem quando os indivíduos estabelecem relações de afetividade entre si, realmente posso comprovar relatando caso dos meus alunos e de um aluno em especial, com comportamento agressivo, que hoje possui outro tipo de comportamento, a cumplicidade e o comprometimento junto com a afetividade fizeram com que este aluno adquirisse maior confiança em si mesmo percebendo que possuía condições de aprender tanto quanto os outros, mas é necessário o olhar atento do professor cada aluno é único e precisa de atenção para cada fase pela qual terá que passar. Ao trabalhar com a linha do tempo e depois contextualizá-la verifiquei o tanto que progredi, o tanto que vivenciei e o tanto que testemunhei nas mudanças da sociedade, na educação e na minha vida pessoal, estas percepções foram retiradas da minha memória temporal e espacial a contextualização precisou de uma pesquisa de campo junto a outras pessoas e com o uso da internet, fez perceber que a sociedade muda, mas a memória esta ai para auxiliar na conservação de algumas culturas e crenças. Mudanças foram bem vindas principalmente na divisão da sociedade nas suas fases principalmente dando o direito da criança de ser criança, a interferência da mídia em muitas famílias fez surgir à antecipação da adolescência, o que a escola vem tentando resgatar novamente, inserindo o resgate as brincadeiras infantis os brinquedos, uma vez que em casa elas já não brincam mais a televisão a vilã dos tempos modernos entra no lar como a futura babá, então existe uma enxurrada de informações que as crianças em idade tenra não são capazes de filtrar. Desta forma para auxiliar possuímos o ECA – estatuto da Criança e do Adolescente que vem promover a obrigações dos adultos para o provento com as crianças por parte das famílias e do Estado. Garantir as crianças seus direitos, e um deles a Educação. Pensando nisto ao ler a Escola da Ponte vi a li que se respeitava o ritmo e as habilidades de cada um, que a organização dos espaços está ali para tornar a escola polivalente e não estática e, o que é significativo a transição da criança na busca do processo de sua aprendizagem, onde ela irá reconstruir seus espaços e sua aprendizagem em que o acolhimento faz parte do processo de atenção e melhora da auto-estima, identificar as fases da alfabetização e etapas em que os alunos estão é respeitá-lo enquanto sujeito aprendente possuidor de sabres comunitários, onde o papel do professor deverá ser de fomentador e mediador buscando garantir a dimensão da formação pessoal e social dos alunos. Acredito que em minha sala de aula eu cumpra com este papel, pois é evidente o prazer dos alunos de estarem na escola.




Eixo III 2007/02


Este terceiro semestre acredita que foi o semestre mais prático e também teórico, num primeiro momento passou uma expectativa enorme de que não precisaríamos nos preocupar tanto com leituras, mas pelo contrário foi extremamente exigente, o que pude perceber que as disciplinas estavam ligadas umas as outras e que cada uma cumpria com uma função pedagógica e por fim, precisava nos reportar para o referencial teórico a fim de nos fazer entender cada etapa a ser trabalhada com nossos alunos.
A Literatura me fez amar mais ainda a hora do conto, pois permitiu ver o que poderíamos fazer, com que finalidade realizar o momento de leitura de maneira prazerosa e acolhedora, não para fins conteúdista, a escolha de clássicos para a realização da mesma, a fim de poder fazer o mundo imaginário da criança despertar, e, com isto a interação com o mundo letrado a partir de diferente contexto com a hora do conto, vem mostrar como é importante o ler para descobrir o mundo dentro das linhas na forma de palavras escritas e faladas.
O teatro tem um papel importante para que através de diferentes técnicas e métodos possamos levar os alunos pensar e refletir sobre o senso moral, além disto, contribui para a aprendizagem, pois proporciona à memorização e a expressão oral, a interação grupal e a inclusão, uma vez que todos precisam interagir entre grupos. É também uma oportunidade do educando externalizar suas inquietudes, raivas, dores, medos toda forma de sentimento na busca do equilíbrio na relação com o outro.
Nisto também se une a forma lúdica, o ato de brincar do faz de conta aproxima a imaginação do real. Fortuna nos diz que o ato de brincar é o grande transformar social, pois leva o sujeito a compartilhar, a saber, se posicionar a tornar-se sociável, a enfrentar desafios e a aumentar a auto-estima, além disto, brincando também se aprende percebo isto, no meu dia a dia com meus alunos do primeiro ano, a aprendizagem e o conhecimento, a autonomia no pensar e a criação de hipóteses e soluções são fomentadas nos desafios que lanço na forma de brincadeiras, de jogos, de pegadinhas e desafios que faço diariamente com eles, e que se divertem ao constatarem que são capazes de realizarem com êxito os desafios, o prazer e o saber podem possibilitar uma aprendizagem significativa para criança, à medida que ela percebe sujeito na interação e na construção do seu conhecimento.
A música é algo que pode estar aliada em todos os processos da sala de aula, possibilitar o aluno experimentar diferentes ritmos e gêneros musicais é construir sujeitos formadores de opiniões também, o ritmo, a sonoridade leva ao estimulo o corpo é musical, mas precisamos promover a cultura musical, com a boa música, pois o acesso a ela não é exclusividade popular, a música também possui sua história e um contexto cultural de acordo com a sociedade vigente.
Trabalhar com a releitura e possibilitar o encontro dos alunos com a história da arte é também que o mesmo possa produzir sentido, uma criação com base em um referencial teórico, gosto de trabalhar neste aspecto, pois verifico que a criança, o jovem possuem uma compreensão aguçada e uma interpretação própria e autentica daquilo que esta lendo é a transformação sobre o olhar visualizando o belo.
Seminário Integrador iniciou a compreensão do que é argumento e evidencias, para que pudéssemos enriquecer os trabalhos e nossos registros.
Verifiquei que fazer a releitura de minhas postagens ou até mesmo das anotações de meus apontamentos me permitiu ver um crescimento de minhas aprendizagens e uma qualificação de minha prática, pois existe um reflexo do antes e do depois de entrar no Pead sempre agregamos algo novo, um novo pensamento do que foi visto anteriormente, rever é refletir é repensar como foi feito e como faria novamente que embasamento teria para conseguir realizar todas as atividades como seriam formuladas as novas respostas, com segurança e conhecimento mais objetiva e especifica. Posso dizer que cada vez que retomamos algo sempre será sob novo olhar com outra criticidade a fim de buscar a qualidade.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Intertextualidade


A aprendizagem ou descobertas da semana estiveram voltadas para os variados tipos de linguagem usada na exploração das atividades com meus alunos, ao proporcionar o trabalho com os diferentes gêneros textuais.
Literatura infantil, tirinhas de jornais, mídia .... é ampliar o vocabulário a forma de compreensão do aluno, levar ao encontro deles informações variadas sobre a aquisição e apropriação das formas de escrita e leitura como função social. Sendo assim dispertando o interesse pela forma sistematizada do conheciemnto.

O ato de pensar da criança esta ligada a forma como mediamos e confrontamos saberes, criando hipóteses na forma de pensar e na busca de nova solução para os desafios apresentados.
Consideração final de estágio...



As atividades que me propus a realizar com meus alunos contribuíram para o crescimento dos mesmos em relação a aprendizagem, na construção do conhecimento, na formulação das próprias respostas orais na mediação e na participação dos mesmos mediante as atividades apresentadas.

Que, a aprendizagem foi mais significativa e prazerosa quando apresentada de maneira lúdica numa linguagem simples e de fácil entendimento, que os recursos utilizados serviram para contemplar outras formas de linguagem desconhecida do contexto a que as crianças pertencem.

A informação deve ser apresentada aos mesmos como forma de mostrar a eles as múltiplas formas de comunicação e letramento, a partir das novas tecnologia como o computador e da internet, como um novo processo de alfabetização dos nossos alunos.

Instigar o conhecimento lógico através das arquiteturas pedagógicas é permitir um avanço na formação escolar de cada individuo garantindo uma aprendizagem significativa e pontual
A escola precisa ser encantanda...
Muitas vezes escrevi e comentei sobre isto, principalmente por me preocupar com o contexto do meu aluno, suas condições de aprendizagem, seu contexto social, suas carências, desde material até afetiva...
Procurei evidenciar uma aprendizagem que contemplasse o desenvolvimento do meu aluno em todos os sentidos cognitivos, afetivos e psicomotor.
Mas, confesso que o cansaço está quase me vencendo, meu raciocínio já não é o mesmo, meu esgotamento mental já extrapolou minha capacidade de concentração e de escrita.
O registro que devemos fazer como reescrita de algo já realizado, me faz pensar que a escola está retrocedendo a burocraticidade, muito papel, muita escrita, e a qualidade das produções perdem sentido, porque se escrevemos é para comprovar uma tarefa realizada...
Então, pergunto será que a avaliação de nossa caminhada até o momento também recebe o mesmo olhar que dispensamos à nossos alunos...
Lembro-me muito bem do dia em que prestei vestibular... da ansiedade, da alegria de pertencer ao quadro de acadêmicos da UFRGS... da ansiedade em ter que dominar a linguagem virtual e tecnológica exigida pelo curso...
Muita coisa aprendi, vivenciei e refleti sobre minhas práticas, minha pessoa, meu EU muitas mudanças aconteceram, pude compreender melhor, como deve funcionar uma Escola democratizada, e, como deve ser um ensino democrático...
Bem, porquê escrevo tudo isto.... Porque nunca, passou em meu pensamento que a culminância maior para um acadêmico, a graduação, como objetivo alcançado por esforço, capacidade, e, como forma de amenizar as ausências, e o tempo que deixamos de conviver com nossos familiares... A formatura...
Meu encantamento tem o mesmo valor dispensado pela UFRGS, às horas de sono dispensadas por mim na realização das tarefas... Será que minhas horas de sono e das minhas colegas valem menos que a graduação do Direito, das Engenharias, das Exatas, acredito que não, provavelmente, ninguém tenha, ficado esquecido, fora dos protocolos da UFRGS...
Na entrega dos pareceres de meus alunos ninguém ficou sem receber o seu, me desdobrei para realizar cada um deles e seguir com meu planejamento diário, fiquei sim com horas a menos de sono... Mas, cumpri com as minhas obrigações... Por, isto pergunto novamente. Quanto vale as minhas horas e de meus colegas de sono para a Ufgrs?.... Será que somos um número ou somos professoras que procuram fazer do seu dia de trabalho uma renovação na vida de seus alunos, no contexto de vida de cada um, na ressignificação das suas vivencias.

terça-feira, 13 de julho de 2010

07/06 Letramento
Esta semana sem dúvida meu planejamento evidenciou todas as formas de letramento, procurando contemplar de maneira criativa a aprendizagem para meus alunos, foi possível levar á eles recursos variados para a construção da aprendizagem e aquisição do conhecimento.
Explorar a intertextualidade como no uso das tirinhas de jornais, história infantis, filme, música, imagem de obras de arte, e suas leituras e releituras é levar a criança a interagir com os diferentes tipos de informações e fazer delas, meios para dispertar o interesse e participação nas atividades de sala de aula.
Além disto é através das mesmas que podemos instigar nosso aluno a pensar de maneira mais crítica, pois ao apresentar uma mesma temática sob o enfoque de diferentes formas de expressão, é garantir o aproveitamento e o discernimento em relação as ideias e ao contexto vivenciado por , cada um nas práticas diárias enquanto aluno professor.
Esta semana as aprendizagens podem ser evidenciadas por algo simples, mas prazeroso onde as oportunidades surgiram a partir de uma atividade lúdica, de interesse dos alunos, mas que foram ao encontro do contexto social, não vivenciada por elas, mas que também não é desconhecida, a mímica é uma forma lúdica de inventar desafios para serem adivinhados, mas que é algo muito importante para quem necessita usá-la como forma de linguagem na sua comunicação dentro de um contexto social.

Portanto aproveitei para sistematizar uma informação, e desta forma também levá-los a perceber que pessoas diferentes, podem e devem ser respeitada no seu modo de ser.


Língua de Sinais... Uma comunicação vivenciada pela criança através de brincadeira, mas que proporcionam trabalhar o conceito da mesma, observar e interagir com o outro no momento da comunicação.

O planejamento deve ser sentido, adequado e flexivo nunca estanque, mas dinâmico e perceptível proporcionando ao aluno criar formas de descobertas e interação, desenvolvendo habilidades ao experimentar novas formas de linguagem. É justamente aí, que as trocas de saberes e interesses produzem oportunidades para a construção do conhecimento.
Embora sendo esta uma semana curta, ela se tornou significativa para mim pelo simples fato que as aprendizagens para meus alunos decorreram da proposta inicial, que é a aquisição da aprendizagem através do lúdico.
Desta forma, pensar em aprendizagem e aquisição de conhecimento é pensar-se em um professor mediador e numa sala de aula interacionista onde cada um tenha oportunidade de dialogar, participar e a partir de suas vivências ilustrar as ações discutidas para apropriação da linguagem e desenvolvimento da mesma.(Vygostsky,1987)


Referencia

VYGOTSKY LEV S. Pensamento e Linguagem.São Paulo:Martins Fontes- 1987
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_28_p111-122_c.pdf acesso em 21/06/10

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A ESCOLA DOS SONHOS



Relendo alguns artigos sobre a Escola da Ponte, casualmente ou não me defrontei com um escrito por Ruben Alves a quem admiro e muito, ele descreve a escola onde todos são valorizados no seu potencial e naquilo que mais gostam de fazer, a cumplicidade e a responsabilidade andam juntas, as determinações são feitas de maneira coletiva, parte-se da idéia de que a aprendizagem deve vir aliada a vivencia das crianças perpetuando a troca de conhecimento e sugestões, nas escutas de relatos, nas conversas, na própria linguagem, é desta inteiração que nasce a construção do senso crítico e da autonomia.

Eu adoro que faço, mas às vezes questões de ordem mais burocrática muitas vezes tolham a criatividade e a vontade do fazer, porque temos que dar conta dos conteúdos programáticos, então me pergunto se realmente caminhamos para o desenvolvimento da educação, muito se fala, mas pouco se faz. É uma pena porque todos têm vontade de fazer, mas as normas elas vem de cima, ou seja, numa ordem hierárquica, o que vem de encontro ao que tanto se menciona em leituras sobre o desenvolvimento de uma escola voltada a gestão democrática, na horizontalidade, nas discussões e na opinião de igualdade, por fim acabamos vencidos pela pragmaticidade, e pelo ato formal dos acontecimentos. Quando iremos realmente transformar as utopias em realidade?

Segundo Ruben Alves “O conhecimento é uma árvore que cresce da vida. Sei que há escolas que têm boas intenções, e que se esforçam para que isso aconteça. Mas as suas boas intenções são abortadas porque são obrigadas a cumprir o programa. Programas são entidades abstratas, prontas, fixas, com uma ordem certa. Ignoram a experiência que a criança está vivendo. Aí tenta-se, inutilmente, produzir vida a partir dos programas. Mas não é possível, a partir da mesa de anatomia, fazer viver o cadáver. O que vi na Escola da Ponte é o conhecimento crescendo a partir das experiências vividas pelas crianças.”


Esta semana realizamos algumas atividades, mas a que me chamou a atenção foram duas a releitura da Obra de Tarsila o Abapuru onde as crianças desenharam “ as crianças que comem”, então através desta atividade da para perceber como é a realidade das mesmas, pois uma dentre as demais descreveu o seguinte: “ a criança que come comida” quando a maioria ilustrou a obra sobre o seguinte aspecto: “ a criança que come... sorvete, bala, bolo, mingau...

Percebo que preciso sim alimentar o corpo e a mente destas crianças de maneira que elas não achem que é normal o que elas passam, ou seja, não estigmatizem a vida de suas famílias para o futuro delas, é possível modificar, mas através da educação de fato, efetiva e afetiva. “Para aprender, necessitamos de dois personagens (ensinante e aprendente) e um vinculo que se estende entre ambos. (...) Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar” (Fernandez, 1991, p.47 a 52).

Sendo assim, a aprendizagem de sala de aula deve ser mediada, problematizada a partir da vivencias dos alunos e da interação com o meio, a fim de que se possa desenvolver a autonomia necessária para o desenvolvimento do aluno mediante as interações sociais, aluno e professor são sujeitos aprendentes na construção da história de cada um.


http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/2666/gestao-democratica-escolar ( acesso 23/05/10)



http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/2019t.PDF ( acesso 23/05/10)


http://www.rubemalves.com.br/escoladaponte3.htm ( acesso 23/05/10)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

VIVENCIANDO MINHA PRÁTICA

Ao parar por algum momento e pensar sobre eu mesma, enquanto acadêmica e profissional, percebi que não deveria deixar a intranqüilidade tomar conta dos espaços ocupados por mim, sejam eles o ambiente escolar, familiar e social.

Porque simplesmente estaria transformando momentos de ressignificação em algo extremamente ditador, onde apenas um tem o direito de se manifestar e assim não possibilitar a troca de ideais e opiniões dos que nos cercam.

Acredito que quando buscamos uma qualificação ela deva servir para não somente fazer-nos entender melhor àquilo que já sabíamos e agregar um novo saber, mas que deva vir ao encontro das possibilidades de ressignificar nosso processo de aprendizagem.

Entendo que, o estágio deva ser um momento passageiro pelo qual deveremos confrontar nossa prática com a teoria estudada e, não a de mudá-la somente por mudar mas a de procurar significados que o embasamento possa nos dar para tal mudança.

Então de certa forma percebi que, minha prática foi sendo mudada ao longo do processo, que o estágio não é uma mudança na prática sem o devido significado, mas para visualizar o que já vem ocorrendo de bom dentro do processo de ensino-aprendizagem percorrido por mim, e mediado na prática com meus alunos.

Segundo Vygotsky (1989) o desenvolvimento humano depende da interação que ocorre entre as pessoas e da relação dos objetos culturais, uma vez que, com a presença do outro, neste caso o professor mediador, dar-se-á a evolução das formas de pensar das crianças, ao mesmo tempo em que esta estará se constituindo como sujeito. (p.11-122)

É na busca pela qualidade, que a inquietude toma conta de nós num sinal de que somos pessoas vivas, indo ao encontro de novos saberes, porque sem isto estaremos diante de um retrocesso intelectual e não estaremos percorrendo o caminho da evolução do ser como um todo.

Desta forma acredito que o olhar do professor deva estar atento a tudo e a todos, porque são em pequenas ações que muitas vezes a aprendizagem acontece e em diferentes espaços ocupados por nós e pelos nossos alunos, no recreio, no refeitório, na sala de aula, no entorno escolar espaços estes vividos pelos educandos que não devem ser dispensados pelo professor atento, pois estes momentos resultam também em Educação.

Ainda conforme o mesmo autor, o ponto de partida para aprendizagem deve ser aquilo que a criança já conhece, fazendo-a entrar no caminho da análise intelectual,da comparação, da unificação e do estabelecimento das relações lógicas.(p.111-122)

Observando a brincadeira livre na hora do parquinho notei como se dão as relações, as conversas, os conflitos e as soluções destes conflitos, onde a observação também passa a servir de instrumento para a nossa prática, onde neste momento o aluno começa a mostrar o processo do ensino-aprendizagem vivido por ele na sala de aula, onde somos agentes gestores da autonomia também.

Sendo assim, a transformação de meu aluno também é o resultado da transformação ocorrida primeiramente em mim, no processo da aquisição do pensamento, na responsabilidade e nas competências a serem desenvolvidas como sujeito transformador e autônomo numa relação recíproca de descobertas mútuas.

Segundo Demo (1998) “ninguém educa ninguém, porque todo fenômeno emancipatório exige a relação de dentro para fora: o professor deveria ser o orientador do processo e não um preceptor. Ninguém educa sozinho, porque a relação social é intrínseca de todo o processo educativo”. (p.28)

Referência:
Demo, Pedro. Aprendendo a prender com a educação: a análise das experiências recentes: Curitiba: Base, 1998
Vygotsky, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes Editora, 3ª Ed., 1989
Acesso ao site GOOGLE em 17/05/10

terça-feira, 11 de maio de 2010

Relação professor x aluno e as aprendizagens

Uma aula baseada na horizontalidade

Esta semana pude comprovar o que muitas vezes vem sido lido e debatido no curso de Pedagogia, uma delas diz respeito as práticas de sala de aula e como se dão as relações dentro das mesmas, onde os sujeitos da aprendizagem são tanto o professor quanto o educando. Segundo Freire apud Cavalcante, educação é um encontro entre interlocutores, que procuram no ato de conhecer a significação da realidade e na práxis o poder da transformação.

Pensando nas práticas de sala de aula podemos notar nitidamente de que forma cada professor trabalha, se cria meios para que seus alunos possam crescer numa atitude de autonomia ou se ao contrário continua priorizando a educação do oprimido, onde sua fala, suas atitudes dizem respeito ao autoritarismo e não a autoridade que resulta em respeito mútuo.
Portanto é pensando em autonomia que conduzo as práticas de minha sala de aula, onde na escuta da fala do meu aluno posso perceber suas curiosidades e desta forma poder conduzir da melhor forma os assuntos a serem tratados, bem como as descobertos que se darão de maneira recíproca, pois, da curiosidade deles também podemos criar subsídios para nossas práticas, desta forma a questão ensino- aprendizagem será o resultado do interesse e do processo de aquisição de saber ressignificado.
Esta aprendizagem se dará pelo processo de descoberta de algo que tenha algum significado no momento para o aluno, que proceda de uma discussão de um determinado assunto, foi exatamente o que aconteceu na última quinta- feira quando deveria iniciar um projeto de aprendizagem com os alunos. Pensei num determinado assunto que achava ser do agrado deles, devido as atividades anteriores propostas aos mesmos, mas as conversas e o interesse deles me conduziu a outro assunto, ou seja a questão da perda dos dentinhos de leite visto que os educandos encontram-se na idade para início das trocas dentárias, o assunto foi tratado com tranqüilidade e interesse pela turma, não imposta mas prevalecendo a horizontalidade de ambas as partes diante da construção dos processos para a aquisição de um novo saber.
Nesse sentido, as ideias freireanas servem como orientação para o processo de formação docente no que se refere à reflexão crítica da prática pedagógica que implica em saber dialogar e escutar, que supõe o respeito pelo saber do educando e reconhece a identidade cultural do outro.( Cavalcanti)
E é neste momento que o professor deve atentar para a opinião dos seus alunos, nas muitas conversas informais onde podem ser encontradas subsídios para desencadeá-lo de atividades, projetos, pesquisas em fim, o aluno é a bússola das práticas de salas de aula sua curiosidade aguçada nos lança a discutir sobre idéias e assim num processo horizontal, poder interagir melhor com nosso aluno, aproveitando todas as deixas buscando transformá-las em fontes de pesquisa ou projeto


Bibliografia

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
____________. Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Márcio Balbino Cavalcante,
Professor de Geografia e Coordenador de Projetos Educacionais da
Secretaria Mul. de Educação do município de Passa e Fica, RN.
Endereço eletrônico: cavalcantegeo@bol.com.br

sábado, 8 de maio de 2010

LEITURA DE MUNDO

Promover a aprendizagem do aluno é aproveitar situações encontradas no próprio dia- a- dia do aluno. Situações estas que, ele vivência diariamente no trajeto da casa até a escola e vice-versa ou no passeio aos redores do próprio bairro, descobrindo outras formas, cores e escritas... Momentos que podem criar situações de mediação de trocas de ideias.

Foi o que aconteceu nesta semana, ao percorrermos o trajeto até a casa de uma aluna, para registrar através de foto sua casa e assim dar andamento no projeto de sala de aula, na identificação das cores, formas de compreensão de conceitos de perto longe, antes, depois, diferenciação entre números e letras etc...

Na exploração do lugar como um todo diferentemente do primeiro passeio realizado no lado oposto da vila, este permitia discutir as diferenças entre o que é bonito e feio, como deixar bonito, como cuidar... Noções de higiene ambiental puderam ser trabalhadas de maneira prática, pois a exemplificação era real, não as menosprezando, mas fazendo ver que é possível mudar, que não é preciso viver numa situação precária e jogada a própria sorte, acredito que isto é educar para o social, é preciso que se mudem as “questões de cultura” eu diria até é uma questão de falta de auto-estima, passada de geração em geração, que se a escola não mediar não desfazer para reconstruir podem passar mais vinte anos, momento das novas gerações e o lugar continuará sendo o mesmo, é preciso encontrar a vontade de mudar, quer queira quer não a escola também propaga atos políticos, de direitos e deveres.

Portanto a avaliação da nossa prática esta no ato de pensar e falar de nossos alunos, questionadores e ou alheios a situações, ou seja, nossos alunos refletem um pouco de nós, se somos acomodados formaremos sujeitos submissos se ao contrário amamos o trabalho e o conduzimos em parceria com as indagações de nossos alunos estaremos contribuindo para alunos com senso crítico e autonomia.

Consegui ter a oportunidade de experimentar o conhecimento empírico e do conhecimento sistematizado proporcionado em sala de aula, um destes momentos a Educação para o Trânsito, desenvolvida no ano anterior com a professora da Educação Infantil, turma em que os alunos freqüentaram anteriormente a este, sendo assim foi possível ver o quanto uma aprendizagem pode ou não ser significativa e permanente para o aluno e, ainda o quanto ela servirá para futuras aprendizagens...

Nas palavras de Freire, que o ato de ensinar está justamente ao ensinar, “não como um burocrata da mente, mas reconstruindo os caminhos de sua curiosidade — razão por que seu corpo consciente, sensível, emocionado, se abre às adivinhações dos alunos, à sua ingenuidade e à sua criatividade — o ensinante que assim atua tem, no seu ensinar, um momento rico de seu aprender. O ensinante aprende primeiro a ensinar, mas aprende a ensinar ao ensinar algo que é reaprendido por estar sendo ensinado”

Neste momento constatei que toda oportunidade dada aos alunos de experimentarem novos conhecimentos de forma lúdica é muito mais relevante do que ficar quatro horas retido dentro de uma sala de aula, ou melhor, dentro de quatro paredes, e desprezando muitas vezes o mundo, ou melhor, a leitura de mundo que os alunos vivenciam fora da escola.

Ir além dos muros da escola é buscar justamente combinar situações de vivências dos educandos para que, eles mais tarde ao transformar estas vivências em educação sistematizada possam melhorar sue entorno garantida através de uma educação para o social.

Referencia:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000200013

segunda-feira, 26 de abril de 2010

VIVÊNCIAS E APRENDIZAGENS

Esta semana realizei o passeio com meus alunos pela comunidade onde está inserida a escola e pude perceber o quanto é prazeroso e emocionante no sentido de despertar a valorização do lugar onde meu aluno está inserido, e dele próprio enquanto sujeito da sua aprendizagem.

Descobri cores, gente, cheiros, paisagens que me fizeram voltar ao passado, propriamente a minha infância, embora os lugares vividos sejam diferentes, as situações são parecidas e as características as mesmas, fizeram lembrar a pobreza e as condições de vida precária por mim experimentada.

Na minha infância lembro-me da minha escola onde as professoras e a diretora eram rigorosas e até mesmo autoritárias, não lembro em momento algum das professoras principalmente as das séries iniciais se deslocarem da escola e visitar as casas dos alunos e, conhecerem a comunidade onde a escola estava inserida.

Lembro que o respeito existente era mais por conta do autoritarismo exercido, do que pela construção da autonomia permitida aos alunos, ou seja, pelo posicionamento em se colocar no lugar do outro.

“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática” (FREIRE, 1991, P.58).

Percebo que, a escola deve ser diferente, que as situações de ensino aprendizagem proporcionadas aos alunos devem possuir relevância e motivação e, serem investidas na educação do aluno, buscando conhecer primeiro como ele é seu entorno suas condições de vida, fazer uso da sua bagagem para que se torne sujeito disposto a mudar seu destino, e melhorar seu lugar, ressignificando o mesmo.

Trazer para sala de aula o conhecimento de vida e de situação real de suas vivencias, é construir caminhos de percepção em sala de aula a partir dos espaços pertinentes a este aluno. Ignorar o espaço ocupado pelo mesmo é ignorar parte da sua identidade.

Segundo Gadotti “A escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria.” Esta motivação é percebida ou sentida quando existe a troca de saberes e valorização de ambas as partes, adentrar no mundo do aluno é fazer parte da sua história. Portanto é possibilitar que os sujeitos tenham expectativas e lutem por melhores condições de vida, caso contrário “se for aceito como uma fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar” (Gadotti)


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA:
Gadotti, Moacir – Boniteza de um sonho – ensinar e aprender com sentido. Editora Feevale/2003.
Freire, Paulo – Pedagogia do Oprimido. 17ª RJ – Paz e Terra, 1987

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Planejamento

Nesta semana de estágio pude perceber que devemos também abstrair novas situações de aprendizagens, uma delas é compreender que o nosso planejamento deve ser flexivo.
Entende-se desta forma que, não é deixar de realizar alguma atividade ou acrescentar outra em seu lugar sem um propósito educativo.
Mas de repensar a prática a partir de um novo olhar em relação a turma, então é bem provável que tenhamos que vivenciar muitas vezes um planejamento real e outro ideal. Procurar contemplá-los é levar meu aluno a perceber-se dentro do faze pedagógico, pois deve partindo do interesse do educando e na sua relação com o meio os momentos da construção da sua aprendizagem.
Para Rodrigues ( 2009) , "planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis. Ao revisarmos uma ação realizada, estamos preparando uma nova ação num processo contínuo e ininterrupto.”

Planejar é buscar compreender ações que favoreçam a construção de conhecimento e também a formação de sujeitos autônomos, priorizando a curiosidade e a indagação, promovendo a experienciação que vai além da sala de aula.
Portanto quando possibilitamos ambientes e momentos de motivação dentro ou fora da sala de aula, estamos possibilitando aos nossos educandos condições para que estes possam investigar, indagar e aprender na interação com o meio onde está inserido.

Referencia:
Rodrigues . Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhso ( 2009)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Portifólio do dia 12/05 - O uso do material concreto na sala de aula

O trabalho com o material concreto em sala de aula é algo essencial na aprendizagem dos nossos alunos, é através do mesmo que, possibilitamos ao aluno se tornar o sujeito da sua aprendizagem. E que a partir da exploração do objeto, crie novas possibilidades e alternativas para a resolução da situações enfrentadas por eles.

Muitas vezes este trabalho é realizado através de um jogo ou com materiais de seriação como o Cuisinaire, através deste, o professor precisará levar seu aluno a criar hipóteses, a fim de que os mesmos possam assimilar as informações necessárias na aquisição de novas aprendizagens.

Pois bem, foi com este intuito que trabalhei na última semana com meus alunos. Confesso que tinha medo de usar tal recurso. Um material maravilhoso que, pode ser utilizado desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Mas, que muitas vezes nós professores não fizemos uso ou se o fizemos nos limitamos a usá-lo para trabalhar conhecimento de cores e seriação.

Desta vez me propus a mais, primeiro explorei eu mesma o material para então trabalhá-lo com meus alunos. Num primeiro momento trabalhamos explorando o material apropriando-se dele verificando de maneira criativa o que se poderia criar. Cada um assim o fez, sentados em duplas onde foram manuseando o material. Investindo na representação de formas utilizando tamanhos e cores que o material fornecia. Depois organizados começamos apreciar o que cada colega tinha representado, descobrindo formas, gostos, sendo trabalhado concomitantemente o respeito mútuo.

Portanto é na forma lúdica do brincar livremente que as aprendizagens ocorrem, pois, possibilitam ao sujeito a interação com o objeto, sendo assim a criança é capaz de construir a capacidade representativa através do jogo simbólico (Marques, 2009).
Sendo assim, esta atividade possibilitou desenvolver um trabalho tranqüilo, respeitando as etapas de aprendizagens das crianças, para isto é necessário que o professor também possa transmitir segurança, tranqüilidade, respeitar o ritmo de cada sujeito na construção da sua aprendizagem.

domingo, 4 de abril de 2010

Reflexão sobre Estágio

Escola é

... o lugar que se faz amigos.


Não se trata só de prédios, salas, quadros,

Programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente

Gente que trabalha que estuda

Que se alegra se conhece, se estima.

O Diretor é gente,

O coordenador é gente,

O professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um se comporte

Como colega, amigo, irmão
( Paulo Freire )


Este ano é o marco decisivo para que, se alcance o objetivo de um sonho que, começou algum tempo atrás, com sacrifícios, ansiedades, medos, trabalho e estudo.
Mas ao mesmo tempo, também, foi o tempo de se construir novas amizades, em adquirir novos conhecimentos, aprimorar e refletir sobre nossos saberes mais antigos.

Pois bem, chegou o momento definitivo para que, possamos por em prática tudo que ao longo de um determinado tempo foi construído e reconstruído, desfeito e refeito para se chegar a novos conceitos. Conceitos estes capazes de gerarem conflitos, primordiais para o novo professor do futuro; professor: mediador, criativo, dialogistico e interativo.

Desta forma, penso em minha prática de maneira que, possibilite mudanças não somente em meu aluno, mas, que este seja capaz de modificar o seu entorno ressignificando sua aprendizagem.



Escolhi para a prática do meu estágio a turma do primeiro ano da Escola Visconde de Mauá, do município de Portão, não por se tratar de uma comunidade carente, mas, porque ali existem gente, que trabalha, coopera, ri, chora, ora e vive tendo a escola como seu único ponto de encontro. Encontro com a educação, com o afeto, com o carinho, diversão, leitura e poesia.
Mas, acima de tudo escolhi esta comunidade porque existe algo especial vinda da mesma, nós professores somos tratados com respeito e carinho, talvez porque nós mesmos os tratamos assim também.
E, não é somente por isto, ao longo dos quatro anos que trabalho nesta comunidade, descobri que existem lá muitos saberes diversificados, saberes do senso comum, que não foram sistematizados, e, que nós professores podemos nos valer e valorizar trazendo para dentro da nossa escola, para dentro da nossa sala de aula e a partir daí construir com nosso aluno de maneira ressignificativa produzindo conhecimento, sendo este o elo entre escola e comunidade.