terça-feira, 24 de novembro de 2009

Reflexões

Acadêmicas de pedagogia e o EJA
Comparando os educandos do EJA com as acadêmicas do curso de Pedagogia a Distância pela UFRGS, percebe-se certa semelhança em alguns aspectos: ambos como sujeitos aprendentes com idade adulta que, buscam uma qualificação profissional e uma maior qualidade de vida melhorando também o seu contexto social, devido a aquisição de conhecimento que levam a melhora das suas praticidades e ações adquiridas ao longo do caminho em trocas de ideais e aprendizagens interativas.
A maioria dos sujeitos que formam estes dois grupos são adultos em idade madura com uma longa bagagem de experiências e conhecimentos relacionados ao senso comum que servem de base para através da sistematização chegar ao senso crítico.
A mesma caminhada que faz o EJA nas suas características enquanto sujeitos aprendentes podemos também destinar aos acadêmicos, uma vez que, são trabalhadores em jornada dupla ou tripla, que precisam se dedicar aos estudos no turno da noite tentando conciliar o mesmo com seu trabalho, família e tudo que se passa no seu entorno.
A grande diferença percebida na caminhada entre ambos está justamente que os acadêmicos dominam o sistema de ensino - aprendizagem uma vez que estão presentes e praticantes do mundo letrado o que para os educandos do EJA corresponde em enorme obstáculo ou dificuldade a ser transpassada o que não é impossível.
Pois, segundo Palácio (1995) a condição determinante para o desenvolvimento e competência cognitiva das pessoas mais velhas está no nível de saúde, nível educativo e cultural, a experiência profissional e o tônus vital da pessoa ( sua motivação, bem estar psicológico) e não a idade cronológica .Logo, com uma probabilidade de êxito diante dos desafios cognitivos.


Sendo assim, conforme opinião dos educandos - adultos que freqüentam o EJA, seu êxito é maior pois possuem objetivos, são determinados e carregam consigo uma bagagem de conhecimento e experiência vivenciada muito maior que os adolescente, possuem maior bagagem de reflexão sobre o conhecimento e seu processo de aprendizagem.
Conforme Freire(2007) “não é no silêncio que os homens se fazem mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” sendo assim é na mediação e na troca de saberes entre sujeitos que se realiza o ato de aprender significativo, é na construção conjunta e coletiva que o sujeito exerce e estabelece ações recíprocas voltadas a cidadania.
E nós enquanto acadêmicas do curso de Pedagogia a Distância devemos ter em mente as condições pertinentes a cada grupo da EJA cuidando com o tipo de linguagem buscando uma maior sintonia entre alunos, escola e professores amparada em características sócio-afetivas que minimizem o sentido de exclusão, e priorizando um currículo que priorize ações transformadora e não opressoras.

FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: _____. Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Os desafios da comunicação e da oralidade...

Os surdos possuem uma identidade onde o seu jeito de se comunicar através da língua de sinais formam uma comunidade própria assim como nós ouvintes também formamos a nossa falante, usamos a escrita e a fala.

Eles fazem uso da LIBRAS que segundo PERLIN (1998: 56) ser surdo é pertencer a um mundo de experiência visual e não auditiva.

Uma das maiores dificuldades encontradas pelas pessoas é a falta de informação que levam as mesmas a discriminarem do seu meio o que não são na visão da sociedade “normais” e isto aconteceu com Jonas, o personagem do filme Meu nome é Jonas sua mãe não o aceitava do jeito que era e, seu pai queria que fosse aceito mas desconhecia suas dificuldades uma família que prevalecia o amor mas, que a ignorância acabou minando as relações.
O primeiro desafio de Jonas e de qualquer outra pessoa que também passasse pela mesma situação é a aceitação pela família e a busca por atendimento e diagnósticos precisos além das informações necessárias para que aprendessem a lidar com o problema sem cometer nenhum ato de discriminação; é garantir uma vida melhor através do potencial que cada um tem e com os desafios que precisam ser superados.


E um dos desafios é buscar seu espaço de direito, ter uma educação voltada para sua maneira de se comunicar e não sendo imposta a da maioria da sociedade, os ouvintes.

Felizmente nos dias atuais já existem muitos meios e um delas é a alfabetização por meio da língua de sinais e gestual, garantindo uma relação e interação entre os ouvintes e não ouvintes, as comunidades surdas, as terapias e a assitência familiar que garantem um vida mais digna.

A oralidade um vínculo entre o pensar e o escrever

“... a fala, por sua vez, é um passo transformador em termos cognitivos, uma vez que é a linguagem que organiza o pensamento. "O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala.” (Gastaldi apud Gurgel, 2009).

Podemos observar que tanto os sujeitos não-alfabetizados adultos quanto as crianças possuem formas de se expressar e a elas chamamos de narrativa ou oralidade.
A maneira que encontram para estabelecer relações com o mundo letrado é oportunizada através da fala, diálogos que por sua vez são compreendidos por aquele que escuta e interage com eles.
A comunicação é um elo entre aqueles que freqüentam contextos de vida diferente a interação entre o sujeito e objeto é capaz de proporcionar meios de avanço para a forma escrita.
Sendo assim, à medida que o sujeito vai se apropriando do conhecimento também lhe é permitido adentrar nas questões sociais pertinentes, visto que todo processo de alfabetização é antecedido pela oralidade, expressões orais que aos poucos vão sendo decodificadas e uma vez de posse deste processo o sujeito perceba que a escrita é o registro daquilo que é dito, devendo estar voltada para a produção de sentido e função social. O professor deve cumprir com o papel de mediador.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EJA - Educação Transformadora

EJA possui um contexto histórico que vem na mesma medida que o desenvolvimento do país. Este buscando suprir a necessidade de mão de obra qualificada aposta na alfabetização dos seus trabalhadores com a criação do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, que ao mesmo tempo em que alfabetizava também lidava com as questões sociais e de direito dos trabalhadores, seu grande pensador e batalhador pelas causas sociais Paulo Freire com ele deu-se o inicio do marco para a formação das pessoas cidadãs.
Enquanto o governo queria o ensino de decodificação silábica que em nada acrescentava na visão crítica da população, sem senso crítico, sem questionamentos...
Infelizmente era este o objetivo dos governantes determiar, portanto um trabalhador que se submete-se a dominação. A alfabetização deveria servir apenas para encher as cabeças dos alfabetizandos com letras e palavras do tipo ba-be-bi-bo-bu, os chamados analfabetos culturais, preencher seus nomes nas cédulas de votos e garantir desta forma o poder aos repressores. O letramento não fazia parte da educação destes sujeitos, pois descobrir a função social da leitura como meio de modificar e melhorar seu contexto social não era a melhor opção a eles na visão dos governantes da época.

A conscientização está evidentemente ligada à utopia, implica em utopia. Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos. Mas esta posição deve ser permanente: a partir do momento em que denunciamos uma estrutura desumanizante sem nos comprometermos com a realidade, a partir do momento em que chegamos à conscientização do projeto, se deixarmos de ser utópicos nos burocratizamos; é o perigo das revoluções quando deixam de ser permanentes. Uma das respostas geniais é a da renovação cultural, esta dialetização que, propriamente falando, não é de ontem, nem de hoje, nem de amanhã, mas uma tarefa permanente de transformação.A conscientização é isto tomar posse da realidade; (FREIRE,1970)

A EJA é um projeto de educação voltado para valores humanos, destinado à construção da cidadania e desenvolvido com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da discussão e da participação de todos, na busca de soluções dos problemas sociais, em sua comunidade. (Webfólio disciplina EJA)

Sendo assim EJA vem reparar um direito que a tempos fora negado ou seja a possibilidade de acesso a escola com uma educação de qualidade e permanente , onde todos possam ocupar os mesmos espaços e vivenciar o resgate cultural e social tendo possibilidade de adentrar no mundo letrado com conscientização de posso de uma formação digna capaz de lhe garantir um trabalho justo e honesto, pois seu pensamento e endentimento crítico do mundo fará com que seja capaz de ações de modificação da sua realidade.

Durante esta primeira atividade sobre o EJA e nas discussões com as colegas no fórum pude perceber que sem sombra de dúvida a educação de Jovens e Adultos deve seguir o princípio dos ensinamentos de Freire, ou seja uma educação transformadora e não opressora, que possibilitem aos sujeitos questionar e refletir sobre as situações apresentadas de forma coerente e reflexiva com postura autônoma.

Referência:
Freire, Paulo: Conscientização – Teoria e Prática da Libertação uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. – São Paulo. Cortez e Moraes, 1970,

Parecer CEB no 11/200 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury

LIBRAS

LIBRAS

LIBRAS -Lei Federal - Língua de Sinais - LEI Nº. 10.436 Regulamentação da - maio/ 2005

Assim como para nós ouvintes é difícil à compreensão da linguagem utilizada pelos surdos, também para eles tentar compreender o que falamos sem ajuda de um interprete é algo extremamente difícil, nossos olhares para sua linguagem gestual talvez não passe de mímica também nossas falas de blá-blá-blá para eles.
Mas felizmente podemos desmistificar tais preconceitos como tantos outros que circundam pela nossa sociedade, é preciso descobrir, conhecer e interagir com diferentes culturas e a linguagem de Libras também possui uma própria. A necessidade de comunicação entre os homens é o mesmo que uma das nossas necessidades básicas, por exemplo, o ato de respirar, desta forma o ser humano foi pensando significando informações e estas adentrando no contexto e nas diversas culturas populares descobriu e inventou meios de se fazer comunicável. O homem é um ser que não consegue viver isolado sem comunicação.
Acredito que como tantas outras modificações existentes nos Parâmetros Curriculares o critério estabelecido da utilização da LIBRAS, nos cursos de Magistério, Normal e Pedagogia vem agregar novo enfoque de inclusão as escolas regulares a fim de estabelecer meios para que o educando possa se sentir parte integrante da sociedade e incluso tanto na comunidade escolar quanto local, pois terá um profissional mais qualificado conhecedor de seu contexto e de suas necessidades.

Com a Lei federal 10.436 que dispõe sobre o artigo 84 e inciso IV da CF88
CAPÍTULO IDA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO COMPONENTE CURRICULARArt. 1º A Língua Brasileira de Sinais -
LIBRAS será um componente curricular obrigatório nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal de ensino.


Fonte: http://www.dicionariolibras.com.br/website/artigo.asp?cod=124&idi=1&moe=6&id=784

Além do mais, é no espaço escolar que se dará a inclusão, pois a linguagem é um bem social que faz parte das vivências de cada um, na aprendizagem natural da linguagem todos possuem limitações neste caso a necessidade de compreensão irá estabelecer vínculos de afetividade para vencer as necessidades básicas da compreensão tanto da leitura quanto da escrita.
Segundo Skliar (1999:142); “A língua de Sinais anula a deficiência e permite que os surdos constituam, então, uma comunidade lingüística minoritária diferente e não um desvio da normalidade” Logo Libras é uma língua mediadora capaz de promover a inclusão.
Referência: Skiliar,C.(Org.) Atualidade da Educação bilíngüe para surdos. Porto Alegre. Mediação.1999


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

EJA Educação de Jovnes e Adultos

Educação de Jovens e Adultos - EJA

A partir das leituras e pesquisas sobre a EJA foi possível verificar que a mesma possui uma marco diferenciador. Podemos dizer que com Freire a educação alcançou para os que não puderam ou forma excluídos de uma educação igualitária para todos. Desta forma surge com Freire a educação popular onde além da preocupação com alfabetização existe de certa forma a preocupação com o sujeito cidadão um sujeito possuidor de pensamento crítico e preocupado com o social. Ou seja, toda educação deveria ter uma função social “possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social” (Paulo Freire, Educação na cidade, 1991, p. 68)..

Mas com o Regime Militar esta educação foi posta de lado e Freire exilado, passou-se então apenas a decodificar a escrita e não mais pensar como sujeitos críticos e de opinião, a educação era voltada para a repressão e para o autoritarismo.

O PARECER CEB 11/2000 é uma importante conquista que tenta garantir a educação de qualidade para as pessoas que não tiveram oportunidade ou que foram impedidas por outras dificuldades de estudar no ensino regular, sendo assim permite que os sujeito possam retornar ao seu lugar de direito e de fato, para as produções e apropriações de leitura e escrita do mundo letrado a partir da ampliação do conhecimento e de sua prática dentro de um contexto social. Conforme Doll ( apud Comênico) “a importância da educação para o ser humano exige uma educação para homens e mulheres e para todos os grupos sócias” para Comênico a Educação em todos os sentidos é capaz de modificar o homem e a sociedade na qual ele está inserido.

A reflexão nos remete ao questionamento sobre enquanto professores formadores de sujeitos aprendentes que sujeito é este que passará por mim? Questiono então, conhecemos quem é o aluno do EJA? Quais são seus objetivos? Seus sonhos? Suas Utopias? Qual é o seu pertencimento enquanto cidadão?

Acredito que as mudanças devem começar por aí conhecer o EJA e alicerçar um trabalho baseado nas obras de pedagogos como Paulo Freire e Comênico que buscavam ensinar com metodologia que levassem o aluno a sentir prazer pelo aprender, descobrindo o mundo através da experiência e da troca onde possuem também o seu conhecimento de mundo.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler, em três artigos que se completam. 14ª. ed. São Paulo: Cortez. 1994.
_______. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1997.
DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In:
_______ (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre:
UFRGS, 2004, p.26-29

Eixo Sete Novas Expectativas

Eixo sete novas expectativas

A cada novo semestre as expectativas surgem em proporções grandes e talvez infindáveis, pelo simples fato de que estamos ansiosos de como, quando e de que forma se dará os conhecimentos e trocas de experiências necessárias a nossa formação acadêmica.
Mas é bem sabido que todos os encontros, trocas e partilhamento nos levam a um mesmo caminho que deverá ser transposto à medida que surgem os obstáculos.
Este semestre ao que percebo é mais teórico, mas não menos significante, pois, existe algo em comum aos semestres anteriores a função da interdisciplinaridade entre as disciplinas deste modo é possível verificar e efetivar as aprendizagens sobre os assuntos que são pertinentes se complementam uns aos outros.
Sendo assim, esta apropriação do conhecimento não somente serve para nos qualificar, mas também para que possamos exercer nossa função profissional com maior competência e comprometimento perante a Educação e para com nosso aluno.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

WORKSHOP

MINHAS REFLEXÕES
Minha apresentação não foi excelente ao menos do meu ponto de vista por querer tudo para ontem, e por exigir demais por não estar em equilíbrio emocional...
Talvez a situação pela qual passei nos últimos meses que veio culminar com a perda de um ente querido tenha resultado em tal situação é bem provável...mas também é provável que tenha servido para verificar, que prioridades tomar, quando e como fazer e estabelecer as ordens dos acontecimentos em nossa vida, ou seja refletir sobre nossas ações e atitudes...
Não somos perfeitos, somos mortais, não somos deuses. Portanto toda e qualquer experiência vivida é justamente para que possamos retomar o rumo da vida e refletir sobre ela.
A psicologia ressalta que toda frustração toda perda serve para que o ser humano possa buscar o equilíbrio e manter a nossa sanidade mental. Sem ela talvez não fôssemos capazes de conviver em sociedade a medida que muitas vezes possamos ser contrariados em alguma coisa, a criança parte para o choro convulsivo o adulto para agressão verbal ou física, outros no entanto entram para suas conchas retraindo-se ao extremo...

Por isto a importância de algo mais na nossa educação como um todo, adquirir conhecimento aprender línguas, história, números, teoremas e teorias são importantes sem dúvida, mas, mais importante é aprender a Ser...

“ O importante é não estar aqui ou ali, mas ser. E ser é uma ciência feita de pequenas e grandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não executamos essas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”. ( Carlos Drummond de Andrade)

Relacionando com a prática em sala de aula é preciso que possamos sentir o aluno com olhares ressignificativos, apostando no ser para alcançar o entendimento e o desejo, objeto que demanda que o sujeito aprenda.

Para terminar acredito que o ser humano nasce para aprender a conviver com a perda, com o conhecimento de sua incompletude e insignificância

terça-feira, 19 de maio de 2009

Aprendente

O sujeito para aprender deve estar em constante movimento. Este movimento vai levá-lo a descobrir e a formar novos esquemas, e é desta forma que se inicia a aprendizagem. O sujeito aprende quando da interação com o meio ou objeto e este conhecimento possui movimentos circulatórios e não lineares como pensado anteriormente.
Uma vez que o sujeito defronta-se com um novo esquema ele não anula o anterior mas, agrega novas informações, se stas informações não servem para o esquema anterior é a partir do primeiro esquema que ele irá formar um novo esquema. E para que o aluno ou o aprendente forme este novo esquema assimile e depois acomode será necessário que o educador problematize a nova situação assim decorre o interacionista.
Esquemas são estruturas mentais que se adaptam e se modificam diante de uma nova descoberta ou situação.
O sujeito que não corresponde ou apresenta dificuldades de aprendizagem é o sujeito que não reage ao novo, não consegue organizar as informações, ou é muito ativo ou muito quieto são os opostos.
Quando descobre-se a causa é possível descobrir e diagnosticar o problema. Quase sempre oriundos das relações subjetivas e culturais no entorno deste aluno.
Nos tempos atuais estamos recebendo crianças com diagnósticos de hiper ou hipo ativos, o que no meu ver significa a super proteção ou compensação dos pais de não estarem presentes o suficiente com o filho, o que leva os mesmos a terem atitudes compensatórias que, muitas vezes acaba na falta de limite.
Esta falta de limite resulta no alunos desprovido de atenção concentração e incapaz de se organizar no seu espaço e nas informações recebidas, para produzir seus esquemas. ( Material de apoio Fogaça.Josilda prof. Feevale Curso de Psicopedagogia)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Desculpas não bastam

13 de maio
Pouco estudamos na nossa vida escolar enquanto estudantes sobre os negros no Brasil. O pouco que sabemos que os negros foram escravos libertos pela princesa em 13 de maio. A história contada foi outra assim como foi o Descobrimento do Brasil.
O Brasil pode até ter sido “descoberto” mas quem levantou, solidificou o país foram os negros. Um povo que arrancado de seu País quando este se encontrava em crise financeira, um grupo de aproveitadores começou a comerciar “vender/ traficar” os negros fortes e jovens para que pudessem como escravos trabalhar nas lavouras de café, do novo país, ficaram em suas terras somente os velhos, abandonados a própria sorte sem forças para erguer seu país e sofrendo com a dor de ver seus filhos arrancados de suas famílias...
Quantas famílias mutiladas, destroçadas pela ganância.
Os negros que aqui chegaram possuíam sua cultura, sua crença seu sistema de vida, eram inteligentes sabiam construir eram ótimos ferreiros, dominavam a forja do ferro. O mesmo ferro que os prendia e punia. Negros eram todos àqueles que vieram da África, mas os que aqui nasciam eram chamados de brasileiros e denominados crioulos, pois deixando suas crenças de lado, adotaram a forma de falar e seguirão os costumes cristãos, assim possuíam um pouco de sorte não sendo às vezes obrigado a trabalhar na lavoura, e no serviço pesado inicia-se aí o processo de preconceito entre tribos vindas da África fortalecida pelo costume do branco que, aqui começavam a colonizar.
Cabe a nós começar o processo inverso pesquisando mais sobre esta etnia que muito tem a nos oferecer em conhecimento, cultura e costumes. Trabalhando com o processo de se aceitar, da melhora da auto-estima, através de documentos que investiguem as raízes do povo brasileiro e mostrem quem construiu este país com a força de seus braços e, a quem muito devemos mais do que simples desculpas, garantir a igualdade de educação, de trabalho digno de uma estrutura que possa garantir uma qualidade de vida para seus descendentes.
( Leitura referência: 300 de abolição (Celso de Freitas)

utopias e realidades

Em qualquer lugar onde estiverem três ou mais pessoas e que o assunto tratado se remete a educação a fala que ouviremos será sempre a mesma “ teoria é uma coisa prática é outra”.
È verdade, pois novamente quando da oportunidade em reler um dos artigos da LDB 9394/96 em que está direcionado a Educação Especial que, faz referência ao que deve ser feito por partes dos sistemas de maneira a incluir nossos educandos especiais em escolas regulares, tudo é muito bonito e nos chama atenção justamente pelo fato de que tudo que precisamos para trabalhar com alunos com ou sem deficiência física, mas com dificuldades de aprendizagem no papel parece ter uma solução bem simples
.

Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

Mas tenho certeza que, na realidade isto não ocorre, pelo fato que ao longo dos anos a qualidade de ensino vem deixando a desejar, não procuremos aqui culpados, mas motivos para que tal fato aconteça.
Primeiro nossos professores não recebem uma preparação adequada, uma qualificação profissional com cursos seminários pelo simples fato de que precisam trabalhar numa jornada de 40 horas, pois o que ganham também não lhes garante uma qualidade de vida e, muitas vezes as escolas não possuem professor substituto para que o titular possa realizar tal curso, isto em referência a rede estadual.
Outro fato a ser citado são os profissionais específicos para cada tipo de atendimento. A fim de poder através de mecanismos conseguir melhorar as condições do nosso aluno diante das dificuldades que este apresenta, seja elas de ordem emocional, psicológica, fono, neurológica e em muitos caso o trabalho de um psico-pedagogo pode ajudar e muito o educando a conseguir a assimilar e acomodar informações após organizar seus esquemas de aprendizagem.
Então, se realmente as Leis fossem cumpridas, de maneira que cada professor pudesse viver dignamente, com respeito e valorização, que os sistemas de ensinos pudessem fazer valer tudo aquilo que é proposto na lei, com certeza a educação no Brasil seria outra e ainda estaria num patamar de primeiro mundo.

A escola e seus professores, particularmente, não podem ser tomados como únicos responsáveis pela garantia da aprendizagem de todos os alunos, mas sim como parte integrante da implementação de políticas de educação, que devem estar explicitadas em programas de governo e ordenadas em metas e objetivos nos planos de educação em âmbitos das três esferas de governo (MITTLER, 2003).

domingo, 3 de maio de 2009

PAS 2009

Bullying

Na última aula presencial foi muito interessante e proveitosa no sentido de que pude junto com o grupo discutir o que é um PA, para que serve como deve ser a nossa realação nossos questionamentos, e que o momento é nosso de descobertas enquanto na posição de aprendentes e não de professor deixar de lado a forma padrão de que estamos gessados e assumir uma posição de curiosidade e não mais a de que devemos estar ligados a um plano de ensino.
Então, desta forma pensei e em uma curiosidade que vem a tempos me instigando a pesquisar ou seja, a questão do Bullyning nas escolas e até mesmo na sociedade. O que é? Como surgiu? O que é prossível fazer para resolver? Que ações devem ser tomadas para que se retroceda o processo que levam ao bullying?

Registro Portifólio de Aprendizagens



EU

Escolhi este tema para iniciar minhas postagens no Portifólio de aprendizagem pelo simples fato que, Eu sou a parte mais interessada neste processo. E este ano, ou melhor, este semestre, iniciou com muitos acontecimentos e um deles que, esta desnorteando a mim e a minha família, que é passar pela dor e angústia de ter alguém a quem amamos muito já a algum tempo internado numa UTI.
Não esta sendo fácil, mas pensei que não seria tanto tempo e que logo estaria tudo OK. Mas este tempo de espera é como um túnel que não conseguimos enxergar o fim e o desespero começou a bater cada vez mais forte, pensei em desistir dos estudos não estava concatenando as idéias e pensamentos mas, a minha desistência não resolveria nada e acredito que a melhor coisa que tenho a fazer no momento é o que estou fazendo agora, pois tenho certeza que assim estarei transformando minha energia em vibrações positivas, a mesma energia que meu sogro querido esta a quase cem dias lutando para continuar vivo. Este sim é um guerreiro!!!
Plano de estudo

Assim, como o rio a nossa vida segue seu curso é, preciso seguir vivendo e, para tanto para que não se torne mais angustiante. Após, uma conversa com a cordenadora que neste momento me orientou a traçar um plano de estudo para que eu possa conduzir com maior racionalidade seguir em meus objetivos com mais calma.
Portanto resolvi fazê-lo, de modo a priorizar meu registros semanais em meu portifólio e também no Dossiê de inclusão e dentro do possível vou terminando as minhas atividades e, durante o semestre o mesmo possa me sirva de aporte para evidenciar a minha tragetória sobre todos os acontecimentos que comigo estão se passando.
De modo que, ao final eu possa tirar de uma forma ou de outra algum aprendizado nem que seja, saber dizer não ou saber entender que precisamos nos dar um tempo e priorizar outras. No momento caminharei a passos lento mas, firme assim pretendo com toda esperança de que tudo vale a pena e que tudo dará certo.Fé

Etnias

Etnias:

Auto-Retrato


No auto-retrato que eu faço – traço a traço
Às vezes, me pinto nuvem,
Às vezes, me pinto árvore...
Às vezes, me pinto coisas
De que nem há mais lembranças...
Ou coisas que não existem,
Mas que um dia existirão.
É nesta lida que busco
- pouco a pouco-
Minha eterna semelhança ( Mário Quintana)


Trabalhei com este poema antes de começar a atividade que já foi relata na disciplina, o que me chamou a atenção foi que solicitei que o fizessem como um retrato com todas as características individuais de cada um, transformando o simples papel branco em um verdadeiro retrato, que pudéssemos identificar a cada um através do desenho e perceber os traços que formam o rosto assim como o tom de pele, que não pudéssemos mais ter vergonha de ser o que somos, negros mulatos brancos mestiços.... pois é toda esta combinações que formam o nosso país....
O bom deste trabalho é que pude perceber o quanto a turma amadureceu na questão de se respeitar aos outros e a si próprio deixando o preconceito de lado. A questão de dois anos atrás fiz uma atividade semelhante e eles fizeram o seus auto-retrato na vontade de ser algo que não eram principalmente na questão da cor, e, hoje o resultado foi bem diferente mas positivo, pois estão se conscientizando do pertencimento a um lugar, a uma raça, a um povo e também dos valores que estes possuem na construção da identidade histórica de uma comunidade.

Inclusão

A psicopedagogia uma visão interdisciplinar que se constrói a partir do estudo dos atos de ensinar e aprender, pensados em conjunto e considerando tanto, a realidade interna de cada sujeito quanto à realidade externa, e, quando se fala em conjunto estamos falando do sujeito como um todo, na questão que implicará os aspectos cognitivos, afetivos e, sociais que estarão implícitos no ato de aprender.
Neste sentido podemos pensar inclusão de maneira como que cada um aprende e se torna sujeito da sua aprendizagem.
Porque não tem quem não aprenda, mas existem diferentes modalidades de aprendizagem, ou seja, em algum momento este sujeito poderá aprender, dependerá da forma como lidamos com a maneira de ensinar para que ocorra a aprendizagem. Sugestão de leitura: “Eu criança, minha professora e eu professora” ( Pizzolo.Maria C.C.)