segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Os desafios da comunicação e da oralidade...

Os surdos possuem uma identidade onde o seu jeito de se comunicar através da língua de sinais formam uma comunidade própria assim como nós ouvintes também formamos a nossa falante, usamos a escrita e a fala.

Eles fazem uso da LIBRAS que segundo PERLIN (1998: 56) ser surdo é pertencer a um mundo de experiência visual e não auditiva.

Uma das maiores dificuldades encontradas pelas pessoas é a falta de informação que levam as mesmas a discriminarem do seu meio o que não são na visão da sociedade “normais” e isto aconteceu com Jonas, o personagem do filme Meu nome é Jonas sua mãe não o aceitava do jeito que era e, seu pai queria que fosse aceito mas desconhecia suas dificuldades uma família que prevalecia o amor mas, que a ignorância acabou minando as relações.
O primeiro desafio de Jonas e de qualquer outra pessoa que também passasse pela mesma situação é a aceitação pela família e a busca por atendimento e diagnósticos precisos além das informações necessárias para que aprendessem a lidar com o problema sem cometer nenhum ato de discriminação; é garantir uma vida melhor através do potencial que cada um tem e com os desafios que precisam ser superados.


E um dos desafios é buscar seu espaço de direito, ter uma educação voltada para sua maneira de se comunicar e não sendo imposta a da maioria da sociedade, os ouvintes.

Felizmente nos dias atuais já existem muitos meios e um delas é a alfabetização por meio da língua de sinais e gestual, garantindo uma relação e interação entre os ouvintes e não ouvintes, as comunidades surdas, as terapias e a assitência familiar que garantem um vida mais digna.

A oralidade um vínculo entre o pensar e o escrever

“... a fala, por sua vez, é um passo transformador em termos cognitivos, uma vez que é a linguagem que organiza o pensamento. "O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala.” (Gastaldi apud Gurgel, 2009).

Podemos observar que tanto os sujeitos não-alfabetizados adultos quanto as crianças possuem formas de se expressar e a elas chamamos de narrativa ou oralidade.
A maneira que encontram para estabelecer relações com o mundo letrado é oportunizada através da fala, diálogos que por sua vez são compreendidos por aquele que escuta e interage com eles.
A comunicação é um elo entre aqueles que freqüentam contextos de vida diferente a interação entre o sujeito e objeto é capaz de proporcionar meios de avanço para a forma escrita.
Sendo assim, à medida que o sujeito vai se apropriando do conhecimento também lhe é permitido adentrar nas questões sociais pertinentes, visto que todo processo de alfabetização é antecedido pela oralidade, expressões orais que aos poucos vão sendo decodificadas e uma vez de posse deste processo o sujeito perceba que a escrita é o registro daquilo que é dito, devendo estar voltada para a produção de sentido e função social. O professor deve cumprir com o papel de mediador.